segunda-feira, 27 de julho de 2009

Paixão & Transformação



Paixão é encantamento, idealização do outro.

Não existe defeitos, apenas o desejo da fusão, de ser um só, de poder ser acolhido e acolher.

Não existe nada em volta, tão somente dois em um.

Não é permitido ver defeitos, falhas - o feio e o não atraente não existem.

Somente encantamento.

Na paixão - A forma mais infantil de amar - os apaixonados não suportam desilusões,

nem que o outro não corresponda à sua idealização.

Muitos se desiludem dizendo: " Não era o que eu imaginava..."

Pessoas assim têm medo de crescer e passam a vida de uma paixão a outra.

Sem suportar relações que vão além da idealização.

Se a paixão leva à fusão,

a desilusão leva à busca da própria identidade.

Sem desilusão a pessoa não cresce e não se diferencia.

Muitos casais buscam se manter na paixão para não se desiludir,

infantilizando a relação.

A desilusão destrói o encantamento,

mas traz realidade,

identidade e individualidade.

Nesse momento, os dois lados têm medo da ruptura e voltam a nutrir bons sentimentos.

Mas surge depois outra irritação e tudo vira intolerância,

implicam com tudo e, novamente,

morrem de medo de perder um ao outro.

Esse é o ódio idealizado porque como amor idealizado não é real,

é na verdade uma projeção de afetos!

Assim chegamos à fase adulta,

em que podem admirar as qualidades e suportar os defeitos do outro,

encontrando equilíbrio entre amor e ódio,

sentimentos antagônicos que juntos constroem

a têmpora do Amor Adulto.

Edson Galrão - Psicólogo Clínico.




Vivemos na era da "fast-paixão".
Não há mais tolerância nem paciência para que haja a adptação.
Existem pessoas que vivem em busca de novas paixões.
Como que viciadas no frenesi dos primeiros encontros,
das primeiras descobertas...
Assim perdem o que de melhor existe em uma relação madura:
A cumplicidade.
Aquela coisa maravilhosa de não precisar usar palavras para se fazer entender...
basta um olhar e as palavras são inúteis.


OBS: Para que você reflita e decida o que quer "na" vida.
Só temos o que merecemos...
nem mais, nem menos.

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